Projecção com conversa dos videoclips Maasai (2016, de Surma), Shoes For Man With No Feet (2014, de First Breath After Coma) e das curtas experimentais Where's Your Memory (2017), As Simultâneas (2015, co-autoria com Rita Medinas Faustino), Linha (2013).
A poesia e outros escritos de César Monteiro, cruzados com as curtas Conserva Acabada (1990, 12 min), Lettera Amorosa (1995, 5 min), Passeio com Johnny Guitar (1995, 3 min) e Bestiário ou o Cortejo de Orfeu (1995, 7 min), com leitura e coordenação de Isaque Ferreira.
Pedro Tenreiro nasceu no Porto, em 1965. Começa a passar discos em 81. Nas décadas seguintes passa por locais como o No Sense, a Indústria, o Aniki Bóbó, o Trintaeum, o Lux, o Frágil, os Maús Hábitos, o Passos Manuel, o Pitch, o Plano B, o Armazém do Chá ou o Café au Lait, entre muitos outros. Tem-se dedicado a fundo, desde o início dos anos 90, ao estudo das várias expressões da música negra, naquela que é, para si, a sua idade de ouro – desde a segunda metade dos anos 50 ao princípio dos 80. Jazz, Rhythm & Blues, Soul, Funk, Disco e Boogie têm um peso importante na sua imensa colecção, actualmente reflectida na rubrica diária que assina na Antena 3: Poder Soul.
O Close-Up é um evento que procura privilegiar, em paralelo com as suas sessões de cinema, espaços de reflexão acerca dos temas que ajudam a compreender as transformações da sétima arte. Nesse âmbito organizamos este ano uma mesa redonda onde se irão debater as modificações do cinema relacionadas com a alteração dos modos de exibição, experiências cinéfilas de visionamento e contacto com os filmes. A passagem que vai ocorrendo da sala de cinema, outrora espaço único de exibição, a múltiplos outros locais como as salas de museu, ou as salas de estar onde os sistemas como o Netflix parecem actualizar o velho sonho do cinetoscópio de Thomas Edison. Nesta conversa abordaremos também questões como as experiências individuais em sala de cinema (experiências emocionais, mas também comunitárias e de crescimento), o restauro e resguardo patrimonial das obras com a digitalização, e ainda os diferentes modos de existência da cinefilia que circulam entre as tradicionais cinematecas, os streamings e o download de torrents. De que forma todas estas modificações abalam, da realização à produção, da programação à crítica, os andares do edifício-cinema? (CN)